segunda-feira, 12 de maio de 2025

A Igreja Católica e seus dilemas.

    Já não é novidade ouvir que a religião católica vive um dilema em sua relação com a sociedade contemporânea. A frase "o mundo mudou" já faz parte do nosso cotidiano. A internet, as redes sociais e os anseios das sociedades atuais, principalmente ocidentais, manifestam uma espécie de "nova ordem mundial". Em face de tais transformações aceleradas, a cada novo papa, o mundo se pergunta como a religião católica se comportará. O novo papa, Leão XIV já está sob os olhares atentos daqueles que imaginam e dos que temem uma guinada violenta da religião. Ser conservador ou progressista é a dúvida que os mais polarizados repetem. Ainda cedo para afirmar, mas tudo indica ser um sacerdote/governante moderado e que possui apreço pelo diálogo.

O futuro dirá e a história contará.


segunda-feira, 1 de novembro de 2021

Hannah Arendt

 A leitura do livro ORIGENS DO TOTALITARISMO agrega demais para a formação de um senso crítico, compreendendo o contexto temporal de sua escrita, todavia, de alguma forma, gera uma percepção de atemporalidade em algumas de suas páginas.

Um exemplo é a frase abaixo:

" Enquanto o povo, em todas as grandes revoluções, luta por um sistema realmente representativo, a ralé brada sempre pelo "homem forte", pelo "grande líder"."

A necessidade de ter um herói, um ícone intocável sobre o qual não pairam dúvidas, é uma mania do inconsciente coletivo. Desta mania nascem os "salvadores da pátria", que em grande parte do tempo querem apenas salvar a si mesmos.

terça-feira, 24 de outubro de 2017

HISTÓRIA E MENTALIDADES

    Através da recuperação dos recortes temporais, desde a antiguidade, é possível extrair a formatação e desenvolvimento do pensamento. As mentalidades são construídas historicamente, nas diferentes civilizações, através do modo como as pessoas da mesma são educadas.
    Desde a antiguidade, passando pelo teocentrismo medieval, pelo humanismo renascentista, pelo iluminismo e sua proposição de clarificar o conhecimento, a capacidade de ressignificar o modo de pensar e agir determina rumos pessoais, familiares e sociais.
    Na contemporaneidade somos instados a viver numa sociedade cuja mentalidade transita da analógica para a digital e a seguir para a inteligência artificial.
    A história das mentalidades mostra que a transição tem a celeridade de quem a absorve e adapta. Aos resistentes às mudanças o que resta é ver suas práticas se esvaírem até um total desaparecimento.

sábado, 29 de outubro de 2016

IGUALDADE DE GÊNERO

Uma longa e eventualmente raivosa discussão se apresenta quando o tema é a igualdade de gênero. Temas transversais e talvez desconexos surgem, tais como vestimentas, aborto, cristianismo, e muitos outros. Minha percepção, após quase três décadas de convívio e vinte quatro anos de casamento com uma mulher forte e decidida, é que devemos aceitar e inclusive lutar para que as mulheres recebam respeito e consideração.
É evidente que como homem não sou capaz de me aproximar do engajamento de mulheres que lutam por direitos e igualdade, mas tento fazer minha parte, como pastor, professor, filho, pai e cidadão, repudiando qualquer forma de inferiorização a qualquer mulher.
Percebo que eu e minha amada temos diferenças pontuais por eu ser homem e ela mulher, um exemplo é a rapidez dela e a minha lerdeza. Outra coisa é a capacidade dela de fazer diversas coisas ao mesmo tempo e eu apenas uma por vez. Na sensibilidade também a diferença é gritante, ela antevê situações que eu nem chego perto de notar.

Fora estas pequenas elaborações que nos diferenciam eu posso garantir que:
Sou a favor da igualdade de gênero nos salários.
Sou a favor da igualdade de gênero nas tarefas domésticas.
Sou a favor da igualdade de gênero na criação dos filhos.
Sou a favor da igualdade de gênero na ausência da violência.
Sou a favor da igualdade de gênero na participação política.
Sou a favor da igualdade de gênero na liberdade de pensamento e expressão.
Sou a favor da igualdade de gênero nas escolhas individuais.
E em tantas coisas que talvez eu nem tenha ainda percebido como é importante.

Em minha realidade funciona muito bem.
Sou um homem realizado por ver minha esposa desfrutando dos seus sonhos profissionais e pessoais. Quero mais é que ela desenvolva todos seus projetos.
Uma mulher que tem a oportunidade de desenvolver todo seu potencial é um tesouro, ou como trato a minha "UMA RIQUEZA".

terça-feira, 11 de outubro de 2016

DANÇA NA HISTÓRIA E NA IGREJA

DANÇA NA ANTIGUIDADE
  • Rituais religiosos: afastar maus espíritos, reverenciar os deuses e pedir prosperidade na caça e na coleta.
  • Rituais de guerra: indígenas, aborígenes, africanos, Nova Zelândia (haka).
  • Celebrações: casamentos, 1ª menstruação, partos e funerais.
  • Entretenimento e humilhação a derrotados: escravos eram utilizados como entretenimento para divertir as famílias ricas e seus convidados.
  • Disciplina: Para os gregos, dançar também era um dos pilares da educação.


DANÇA MEDIEVAL
  • Com a força influente do cristianismo católico na Europa, as danças teatrais foram proibidas pela Igreja na tentativa de coibir movimentos muito sensuais.
  • Os dançarinos ambulantes preservaram a forma e levaram as apresentações até feiras e aldeias.


IDADE MODERNA
  • No século XIV, na época da peste negra o povo cantava e dançava nos cemitérios acreditando que afastariam os demônios e impediriam os mortos de espalhar a doença.
  • No renascimento, as danças começaram a retomar o caráter teatral de forma oficial.
  •  Época foi de abertura para a introdução de novos estilos como o sapateado e o balé, apresentados como espetáculos teatrais, onde passos, música, vestuário, iluminação e cenário compõem a estrutura.
  • No século XVII, o rei da França Luis XIV, denominava-se “Rei Sol”, por ter protagonizado, aos quinze anos, o papel de sol no Ballet de la Nuit, em 1653, primeiro dos vinte e seis balés que dançou como primeiro bailarino em seu reinado, só parando quando começou a envelhecer.
  • Em 1661, Luís XIV fundou a Accademie Royale de Musique, que abrigava uma escola de balé.


RELIGIÕES
  • Religiões afro, hindus, mesoamericanos, (etc) utilizam em seus rituais.
  • No judaísmo a dança sempre esteve presente.
  • Na Bíblia, conforme a “Concordância Bíblica Exaustiva” há 22 citações da palavra “dança” e suas variáveis.
  •  As temáticas bíblicas de dança revelam celebração e louvor.
  • A  única menção a dança como entretenimento é ruim.


[...] louvem-no com tamborins e danças, louvem-no com instrumentos de cordas e com flautas. Salmos 150:4

Então as moças dançarão de alegria, como também os jovens e os velhos. Transformarei o lamento deles em júbilo; eu lhes darei consolo e alegria em vez de tristeza. Jeremias 31:13

Quando os soldados voltavam para casa, depois de Davi ter matado o filisteu, as mulheres saíram de todas as cidades de Israel ao encontro do rei Saul com cânticos e danças, com tamborins, com músicas alegres e instrumentos de três cordas. I Samuel 18:6

No aniversário de Herodes, a filha de Herodias dançou diante de todos, e agradou tanto a Herodes que ele prometeu sob juramento dar-lhe o que ela pedisse. Influenciada por sua mãe, ela disse: "Dá-me aqui, num prato, a cabeça de João Batista". Mateus 14:6-8


DANÇA CONTEMPORÂNEA VEM CRESCENDO
  • Valorizada pela saúde: muitas academias estão implantando aulas de dança como forma de melhorar a saúde das pessoas.


A dança na igreja:
  • Não é para fracos.
  • Não é distração.
  • Não é entretenimento.
  • Não é para esconder pessoas com questões de gênero não resolvidas.
  • Não deve sensualizar.
  • Não pode concorrer com outros ministérios.


Quais os grandes desafios para a dança na igreja?
  • Ser instrumento de adoração.
  • Ser instrumento de guerra.
  • Elevar a celebração ao patamar da excelência.
  • Agradar o coração de Deus.
  • Trazer a glória de Deus.
  • Santificar o altar.

terça-feira, 1 de março de 2016

MAQUIAVEL

Ao ler o livro "O príncipe" de Maquiavel, um dos grandes clássicos da literatura política, filosófica e sociológica da história, pude rever mais uma vez os princípios que estão presentes nos governos brasileiros, tanto federal, estadual e local. A ideia central de Maquiavel é a permanência do príncipe numa condição de comando, não importando o que precise ser feito para tal intento. O autor também deixa claro que os interesses da minoria dominante deve suplantar o interesse da maioria. Os governos deveriam trabalhar pelo interesse da coletividade, todavia no jogo de vale-tudo pelo poder e pela cobiça, a população fica à mercê do que agrada apenas aos poderosos, uma verdadeira elite composta de privilegiados, interesseiros, espertalhões e pessoas que se acham acima do bem e do mal. Maquiavel "profetizou" a história do Brasil.