sábado, 31 de dezembro de 2022

2022: Um balanço pessoal.


Tento aqui encontrar palavras para descrever o ano de 2022.
Nos diferentes âmbitos só posso enxergar um ano cheio de controvérsias, de alegrias e tristezas, de perdas e ganhos, de vitórias e derrotas.
Alguém pode dizer: Mas todos os anos não são assim?
Provalmente, todavia, as coisas negativas e positivas foram contundentes demais. Não houve nada simples ou tranquilo.
Perdi um grande amigo, que na verdade era também um parceiro incomparável de trabalho e ministério. Ainda busco respostas para isto, em obediência e confiando sempre na vontade irretocável de Deus.
Muito difícil ver por mais um ano inteiro meu cunhado lutar contra esta doença maldita (câncer), porém sou grato por ele ainda estar lutando. Se existe vida há espaço para lutar.
Ao mesmo tempo foi gratificante ver diversos casais, que tive a oportunidade de acompanhar desde o namoro, neste ano se tornarem pais, apresentar seus filhos.
No ministério penso que foi um tempo de ressignificação, até por ter chegado aos 27 anos no pastorado, destes 25 na mesma igreja local.
A longevidade pastoral nos prega algumas peças muito lindas, neste ano casei um jovem que tive a oportunidade de apresentar quando era bebê, apresentei uma bebê que a mãe tinha sido apresentada por mim também.
Minha vida profissional na docência alcançou muitos êxitos, inclusive a inserção numa instituição que sempre fora meu alvo para construir carreira.
Como família, eu, minha Riqueza e meu filho, só há motivos de gratidão, as conquistas e ajustes foram radicais, fruto de muito trabalho e dedicação. Vamos iniciar 2023 numa nova residência, o melhor de Deus para nossa vida, verdadeiro presente para celebrar nossos trinta anos de casamento, uma conquista inimaginável.
2022 você foi palco de tudo e mais um pouco.
De qualquer modo eu posso dizer que seja o ano que for, DEUS CONTINUARÁ SENDO DEUS e nada escapará de sua vontade.




segunda-feira, 1 de novembro de 2021

Hannah Arendt

 A leitura do livro ORIGENS DO TOTALITARISMO agrega demais para a formação de um senso crítico, compreendendo o contexto temporal de sua escrita, todavia, de alguma forma, gera uma percepção de atemporalidade em algumas de suas páginas.

Um exemplo é a frase abaixo:

Enquanto o povo, em todas as grandes revoluções, luta por um sistema realmente representativo, a ralé brada sempre pelo "homem forte", pelo "grande líder".

A necessidade de ter um herói, um ícone intocável sobre o qual não pairam dúvidas, é uma mania do inconsciente coletivo. Desta mania nascem os "salvadores da pátria", que em grande parte do tempo querem apenas salvar a si mesmos.

quarta-feira, 18 de novembro de 2020

Covid: qual era a dúvida?

Qual era a dúvida que haveria um crescimento nos casos de Covid?

A equação é simples, especialmente aqui no Brasil, 2 feriados prolongados (12 de outubro e 02 de novembro), bares lotados, baladas clandestinas, descuido com o básico, discursos negacionistas e a campanha política, inclusive nas igrejas.

Sobre as igrejas é preciso ser franco, desde o início da pandemia, muitas fizeram de conta que nada estava acontecendo e deixaram de lado seu papel social e de orientação. Forçaram o retorno dos cultos presenciais, inclusive desrespeitando o número de pessoas previsto em lei. Insistiram na liberação para idosos e crianças. Tudo em nome de uma pretensa liberdade de culto.

Acompanhei pessoas enlutadas ao longo de 25 anos de pastorado, mas nada se compara ao impacto de um falecimento por COVID. Nem se despedir é possível, não há consolo, o luto não fecha o ciclo natural.

Enquanto muita gente é obrigada a andar em ônibus lotados, atender em comércios pouco salubres, trabalhar em situações de risco, outras brincam de aglomerar.

Tudo isto me levou a perguntar:
Qual era a dúvida que haveria um crescimento nos casos de Covid?



sábado, 23 de maio de 2020

VAI PASSAR

Nem sei como expressar o sentimento neste tempo de exceção.
Nunca imaginei que viveria um período assim, tão único, ao menos para mim, mas acredito que também para muita gente, no mundo todo.
Nos primeiros momentos uma sensação de incerteza muito grande.
A ausência de respostas é uma potencializadora da ansiedade.
Controlar a alma, resignar os pensamentos, estas foram ações iniciais, todavia desafiadoras.
Há as demonstrações claras de ansiedade e há aquelas que nem a própria pessoa percebe.
Noticiários com placares de doentes e de óbitos se contrapondo aos descartados e recuperados, como se fosse possível um eliminar o outro.
Cada pessoa é uma história, cada história vem de um passado único.
Pesei minha responsabilidade e pensei em como deveria pensar.
Concluí que a melhor maneira de ultrapassar seria a esperança e fiz dela minha base.
Mas não a esperança no tempo, ou governantes, a esperança em Deus e suas promessas.
Olhar para o alto e perceber que de lá virá nosso socorro.
A partir disto decido dizer:
VAI PASSAR.

quarta-feira, 11 de março de 2020

Obama de volta?

Se Joe Biden for o candidato democrata, possivelmente Obama entrará na campanha. O carisma dele certamente fará diferença na disputa. Espero ansiosamente pelo retorno de Obama ao centro da vida política norte-americana. Outra percepção é que se Michele Obama fosse a candidata do Partido Democrata creio que venceria com razoável folga.
#EleiçõesEUA

sábado, 8 de setembro de 2018

VICE OU PRESIDENTE?

Michel Temer, Itamar Franco, José Sarney, João Goulart, Café Filho, Nilo Peçanha, Delfim Moreira, Floriano Peixoto, em comum a todos estes nomes está um cargo, a vice-presidência do Brasil. Todavia, também em comum a todos estes, em períodos e situações distintas está o fato de terem sido alçados ao cargo de presidente. Deixo sempre claro que, no meu entendimento, a vice-presidência é totalmente desnecessária, onerosa e atende apenas aos interesses partidários e suas alianças, muitos inclusive imorais. Entretanto o jogo político brasileiro contempla tal instituição, então o que nos resta é prestar muita atenção ao discurso dos vices, afinal, vai que a história se repete.

terça-feira, 24 de julho de 2018

PARTIDOS POLÍTICOS E SEUS DONOS

É impressionante a condição de propriedade particular de alguns, talvez todos, os partidos políticos brasileiros. Evidentemente que poderia existir uma questão de simbolismo, mas são realmente propriedades privadas. Até mesmo nas reportagens citam-nos como "partido de fulano". Vejamos alguns exemplos:


  • Rede - Marina Silva.
  • PT - Luiz Inácio.
  • PDT - Carlos Luppi.
  • PR - Valdemar Costa Neto.
  • Solidariedade - Paulinho da Força.
  • PTB - Roberto Jeferson.
  • PPS - Roberto Freire.
  • PRTB - LEVY FIDELIX.
Em muitos casos há claramente uma oligarquia, sem qualquer percepção ou aderência ideológica, apenas projeto econômico e de perpetuação no poder.
Os donos não estão necessariamente interessados em se eleger aos cargos públicos, mas manter sua função partidária, que abre ainda mais portas para seus interesses.
O povo? O povo não está na pauta deles não.